domingo, 1 de março de 2020

Brejão 62 anos de Emancipação Política

      Hoje é dia de comemorar 62 anos de emancipação política da cidade de Brejão, que no ano de 1958 iniciava sua independência administrativa da cidade de Garanhuns. 
     Porém mais de seis décadas se passaram, após este feito administrativo, mas o quê realmente mudou na vida deste povo aguerrido?  Brejão infelizmente não conseguiu estabelecer uma identidade vocacional econômica própria, complicando o seu crescimento populacional e consequentemente outros aspectos interligados a questão econômica. 
      Brejão trilhou o caminho da produção e colheita de café, se tornando referência na qualidade e chegando a ser considerada a "Cafelândia", a terra de um dos melhores grãos do país(antes mesmo de sua emancipação). Chegando a ter seu produto importado para Europa. Como houve o grande declínio deste apogeu cafeeiro, verdadeiramente não se sabe, há quem remeta a grande crise econômica de 1929 (quebra nos mercados acionários no mundo, provocando a queda nos preços internacionais de commodities e desvalorização dos grãos de café). No entanto, ainda na década de 90, existia uma produção significativa no território municipal, com várias fazendas produtoras dos "grãos de ouro preto" e  ao passar dos anos vieram a diminuir drasticamente a produção em muitas fazendas de uma forma inesperada . Após a queda da produção cafeeira, tentou-se se firmar na produção de Castanha de caju, depois houve a tentativa da produção do fumo(tabaco) sem obtenção de êxito. Além de tantas outras tentativas, com plantios de diversas culturas. Não vindo a estabelecer uma grande produção para alavancar a renda do município em outra monocultura.
      Lamentavelmente, o município perder seus jovens e muitos adultos, que são obrigados a migrarem para outras cidades e regiões em busca de oportunidades de trabalhos. Por não terem oportunidades de emprego e geração de renda, pois não há quase nenhuma industria e comercio consolidado pra garantir uma estabilidade econômica por estas terras.
      Os que ainda relutam em permanecer, são os economicamente sustentados pela agricultura familiar, a pecuária, o comércio ainda tímido(com destaque apenas para única empresa de grande porte, A FEMAC, que empregam mais de cem pessoas diretamente), os servidores público concursados e contratados, aposentados e pensionistas.
          A reflexão mais pertinente para o tímido crescimento do município é:  Será que a maior parcela da culpa do acanhado crescimento é culpa somente da administração pública ou da população economicamente ativa que não investe no município? A grande verdade é, que está cidade só voltará a crescer e garantir que seus munícipes permaneçam nestas terras, com investimentos que possibilitem a geração de emprego e renda para toda a população que ainda são economicamente inativos.
         Celebremos os 62 anos de emancipação política, mas é preciso ter consciência de que em muitos aspectos precisamos nos emancipar. Pensemos nos jovens, nos nossos idosos e no povo mais carente que ainda depende de programas sociais para terem suas refeições garantidas e ainda lhes falta garantir tantas necessidades básicas além dos alimentos.

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